Miley Cyrus – We Can’t Stop

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Quando anunciou que lançaria material novo para voltar ao mercado musical, Miley Cyrus não estava para brincadeira: antes mesmo do single sair, a americana já deve ter, por exemplo, se empenhado mais do que Christina Aguilera na divulgação total do disco “Lotus”.
Seja com seu novo corte de cabelo, seja com os flagras enquanto fuma cigarros suspeitos em público ou seja com sua afronta no twitter a fãs de nomes como Taylor Swift ou Selena Gomez: Miley Cyrus está em evidência.
Como, ao que tudo indica, a artista está extremamente interessada em abandonar a imagem infantil que sempre teve perante o público, o que muitos previam aconteceu: Miley Cyrus lançou uma faixa para tentar provar que amadureceu.
“We Can’t Stop” tem seus méritos por não ser apenas mais uma faixa dançante cheia de dubstep ou solos instrumentais com repetições silábicas clichês. A faixa mais parece algo que Rihanna tenha descartado do disco “Rated R”. Mesmo com um instrumental “qualquer coisa” pop com pé na urban music, a produção realmente acreditou que algumas menções a versos de Dr. Dre e frases de duplo sentido com explícitas apologias às drogas fariam com que Miley Cyrus se transformasse de Hannah Montana para Mary J Blige em meio tempo.
Ledo engano: para crescer, não basta apenas usar a sonoridade do nome “Miley” soando como “Molly” (fazendo menção à droga ecstasy) ou entoar um “trying to get a line in the bathroom” (fazendo menção à cocaína). É preciso muito mais do que isso. Até mesmo Demi Lovato com suas baladas românticas de sempre ou Selena Gomez com sua nova fase wannabe Britney Spears soam de forma mais originais e autênticas do que a milimetricamente reconstruída Miley Cyrus.
Os vocais, por sua vez, devem ser os mais autotunados e sintetizados de toda sua carreira, o que é uma pena: Miley Cyrus sabe cantar e poderia utilizar tal talento em seu proveito próprio, como bem fez no passado na primorosa “The Climb”.
Toda essa combinação, entretanto, tem tudo para resultar em um bom impacto nos charts tendo em vista o momento da eterna Hannah Montana, que está mais em evidência do que nunca. Há, porém, que se ter um ponto em mente: carreiras longínquas não são construídas com base apenas em momentos.
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Miley Cyrus tenta ter sua fase Rated R: conseguiu apenas um corte de cabelo parecido.


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